O que é Autismo? |
Normalmente manifesta-se por volta dos 3 anos de idade, persistindo por toda vida adulta. Atinge principalmente o sexo masculino, na proporção de quatro meninos para cada menina. As causas ainda não foram claramente identificadas e várias abordagens de tratamento têm sido desenvolvidas.
Os prejuízos estão diretamente relacionados ao grau de autismo que a pessoa apresenta. Algumas, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Algumas parecem fechadas e distantes, outras, presas a comportamentos restritos e/ou rígidos padrões.
As pessoas com autismo têm um modo diferente de aprender, organizar e processar as informações. Para respeitar estas diferenças, elas precisam de ambientes estruturados e organizados, pois normalmente os autistas têm dificuldades em mudar suas rotinas diárias.
Instituições educacionais bem estruturadas, com profissionais especializados, possibilitam um tratamento mais apropriado para os portadores de autismo em seus diversos graus de comprometimento.
À medida que conseguimos estabelecer um vínculo com cada um deles, procurando proporcionar um ambiente terapêutico, onde possam se sentir acolhidos, observamos um desabrochar na forma de se relacionarem. Cada um coloca-se com a característica que lhe é peculiar.
Informações encontradas em:
O que é a Síndrome de Asperger?
A síndrome de Asperger, uma forma de autismo, é um distúrbio que prejudica a maneira de uma pessoa se comunicar e se relacionar com os outros. Contudo, portadores desta Síndrome usualmente têm problemas menores com a fala do que autistas clássicos. Freqüentemente se expressam fluentemente, embora suas palavras possam soar formais e afetadas. Estes pacientes também não apresentam as dificuldades de aprendizagem inerentes ao autismo. De fato, pessoas com síndrome de Asperger geralmente apresentam um quociente de inteligência médio ou acima da média. Conhece-se casos de pessoas com este distúrbio que concluíram curso universitário e até o PhD, como é o caso de Temple Gradin, que se destacou por seus trabalhos na área de Ciência dos Animais. Estas pessoas partilham muitas das mesmas características do autismo, mas certos traços, tais como descoordenação motora são típicos.
As características são: Dificuldades no relacionamento social. Ao contrário daqueles com autismo clássico, que geralmente parecem se desinteressar e se isolar do mundo em torno deles, muitos dos que têm síndrome de Asperger tentam ser sociáveis e não têm aversão ao contato. Contudo, encontram dificuldades para entender sinais não verbais, inclusive expressões faciais.
As características são: Dificuldades no relacionamento social. Ao contrário daqueles com autismo clássico, que geralmente parecem se desinteressar e se isolar do mundo em torno deles, muitos dos que têm síndrome de Asperger tentam ser sociáveis e não têm aversão ao contato. Contudo, encontram dificuldades para entender sinais não verbais, inclusive expressões faciais.
Informações encontradas em:
Como a Musicoterapia pode colaborar?
O tratamento do autismo não se limita a
uma única terapia. Deve ser multidisciplinar e quanto mais cedo a criança for
adequadamente tratada, maior qualidade de vida ela terá.
Como a Musicoterapia utiliza a música,
os sons, os instrumentos musicais e outros componentes sonoro-musicais
dispensando o uso da fala, torna-se a primeira técnica de aproximação
onde a música funciona como um canal de comunicação, havendo uma
interação entre paciente e terapeuta.
O processo musicoterapêutico
desenvolvido com esses pacientes tem por objetivo minimizar o isolamento e/ou
as fixações e estereotipias típicas da patologia, estimulando a interação
lúdica através do fazer musical. Possui como objetivo principal "abrir um
canal de comunicação" com a criança quer seja através do olhar, do toque
(nos instrumentos) ou da escuta (percepção dos estímulos sonoros). Neste momento
também se oportuniza a possibilidade de canalizar estereotipias e/ou
comportamentos inadequados, utilizando os instrumentos sonoro-musicais para
re-significar ações e/ou condutas para atividades construtivas. Não se trata de
inibir as estereotipias e/ou fixações, mas de canalizá-las para a
auto-expressão, através dos diferentes tipos de interação. As interações podem
ocorrer de diversas formas e em diversos âmbitos: interações com o
instrumental, tendo o instrumento como objeto intermediário de uma relação,
quere seja com o musicoterapeuta e/ou com seus pares; interação com o
som/música, quer através de melodias ou ritmos conhecidos, quer através de sons
novos ao seu universo sonoro, buscando oportunizar a percepção de novas fontes
sonoras; interação com atividades lúdicas.
A música faz um bem inimaginável para o
bem estar e auxilia no tratamento de muitas doenças. Tudo cientificamente
comprovado. A música atinge em cheio o
sistema límbico, região do nosso cérebro responsável pelas emoções, pela
motivação e pela afetividade. Esse é ponto chave da musicoterapia.
Nos
autistas, a música não verbalizada é decodificada no hemisfério direito do
cérebro (subjetivo e emotivo). Ela se move até o hipotálamo, e passa para o
córtex (responsável pelos estímulos motores e do intelecto).
Os sons verbais, no entanto, não
“funcionam” dessa forma porque são registrados no hemisfério esquerdo, na
região cortical (analítica e lógica) diretamente do aparelho auditivo.
Em resumo, no autista, a música atinge
em primeiro lugar a emoção para depois passar para reações físicas, como o batucar,
por exemplo, nas pessoas normais. Dessa forma, o autista consegue interagir com
o terapeuta.
Pacientes que sofreram lesão do lado
direito do cérebro, podem ter a percepção melódica comprometida. O tratamento
com musicoterapia, nesse caso, utiliza estímulos sonoros nas adjacências da
área lesada, que criará novas conexões cerebrais.
Participar
de uma experiência musical provoca uma série de processos neurofisiológicos e
psicológicos identificáveis e desenvolve atitudes motoras, perceptivas e
cognitivas que ativam processos afetivos e socialização. Abaixo vocês podem ver
o resumo descritivo de cada tipo de experiência.
Experiências sensoriais: ouvir, discriminar e reconhecer sons e/ou
música
Experiências motoras: executar instrumentos, mover-se através
da música
Experiências emocionais: expressar estados de ânimo e/ou sentimentos
Experiências cognitivas: atenção, concentração, memória, análise e
síntese
Experiências sociais: participar de atividades musicais coletivas
com relação a produção sonoro-musical de outras pessoas
Romper os padrões de isolamento e abandono social e contribuir para o desenvolvimento sócio-emocional: ao invés de ameaçador, o som e o contato com o instrumento podem fascinar o autista e ser o intermédio entre o paciente e o terapeuta. O autista percebe que o instrumento precisa de uma pessoa para o executar e a barreira pode ser rompida. Pode ser um processo demorado mas depois disso, a música pode ser a chave para a evolução do autista como por exemplo ser uma forma afetiva de ensinar comportamentos adequados.
http://www.youtube.com/watch?v=HGH1UD7uIQ4&feature=share
Algumas pesquisas falam sobre a colaboração da Musicoterapia com
crianças autistas
Romper os padrões de isolamento e abandono social e contribuir para o desenvolvimento sócio-emocional: ao invés de ameaçador, o som e o contato com o instrumento podem fascinar o autista e ser o intermédio entre o paciente e o terapeuta. O autista percebe que o instrumento precisa de uma pessoa para o executar e a barreira pode ser rompida. Pode ser um processo demorado mas depois disso, a música pode ser a chave para a evolução do autista como por exemplo ser uma forma afetiva de ensinar comportamentos adequados.
Facilitar a comunicação verbal e não-verbal: a terapia musical pode facilitar o desejo de comunicação. O autista pode perceber mais facilmente as notas musicais que a comunicação verbal. Utilizar um instrumento de sopro é uma forma equivalente a aprender a vocalizar: ajuda a utilizar lábios, boca, mandíbula e dentes. O uso de padrões melódicos e ritmos fortes também são benéficos para manter a atenção e compreensão da linguagem falada.
Reduzir os comportamentos consequentes de problemas de percepção e funcionamento motor: O autista tem dificuldade de expressar estímulos sensoriais e isso pode ser melhorado através de atividades rítmicas e musicais.
Facilitar a auto-expressão e promover satisfação emocional: a musica pode desenvolver a curiosidade e interesse para a criança explorar os estímulos. Pessoas que estão espectro autista têm comportamentos musicais e esse é um dos indicativos para fazer ela sair do “seu mundo”. (ex de comportamentos: repetição de canções, atração por certos sons, timbres ou fontes sonoras). As atividades propostas são:
canto: fonte de segurança emocional e estabilidade, estímulo de várias áreas, é uma via para a comunicação oral;
instrumento musical: comportamento tangível, pode começar com um nível simples e evoluir para níveis complexos, estimula a liberação de emoções, dá para a criança uma sensação de vitória. Aumenta a coesão de grupo, habilidades sociais, atenção, melhora a coordenação motora fina e grossa, coordenação olho-mão, percepção auditiva, visual, tátil e regride o comportamento inadequado;
movimento com a música: atividade motora grossa rítmica, locomoção básica, movimentos psicomotores livres e estruturados, dança, movimentos criativos combinados com canto ou instrumentos musicais.
http://www.youtube.com/watch?v=HGH1UD7uIQ4&feature=share
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Você já ouviu falar na síndrome do X Frágil?
Poucas pessoas ouviram.
DESCRIÇÃO
A síndrome do X Frágil (SXF) é uma síndrome hereditária e é a segunda causa mais comum de deficiência (a primeira é a síndrome de Down) de deficiência intelectual. Em 1943, Martin e Bell mostram uma forma singular de deficiência intelectual relacionada ao cromossomo X. Em 1969, Herbert Lubs descobre uma falha genética num cromossomo X na família de dois irmãos com deficiência intelectual. Em fins de 1970, Grant Sutherland, estudando casos de fragilidade no cromossomo X, denomina essa síndrome de X Frágil.
A síndrome do X Frágil (SXF) é uma síndrome hereditária e é a segunda causa mais comum de deficiência (a primeira é a síndrome de Down) de deficiência intelectual. Em 1943, Martin e Bell mostram uma forma singular de deficiência intelectual relacionada ao cromossomo X. Em 1969, Herbert Lubs descobre uma falha genética num cromossomo X na família de dois irmãos com deficiência intelectual. Em fins de 1970, Grant Sutherland, estudando casos de fragilidade no cromossomo X, denomina essa síndrome de X Frágil.
Pessoas afetadas por essa síndrome apresentam
problemas comportamentais, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e, em
alguns casos, certas particularidades físicas.
A Síndrome
do X Frágil é uma condição
genética herdada, produzida pela presença de uma alteração molecular ou mesmo
de uma quebra na cadeia do cromossomo X, no ponto denominado q27.3 ou q28, condição esta associada a problemas
de conduta e de aprendizagem, bem como a diversos graus de deficiência mental.
A doença é muito mais freqüente em
meninos que em meninas, talvez porque nos homens há apenas 1 cromossomo X,
portanto, sendo este X defeituoso, não haveria outro X sadio para compensar
como ocorre nas mulheres que têm 2 cromossomos desse tipo.
·
Características clínicas
Os sinais da Síndrome do X
Frágil são algo diferentes entre portadores homens e mulheres, assim
também como é diferente a freqüência dessa ocorrência entre os dois sexos: 1 a
cada 660 nascimentos em homens e 1 para cada 1.250 nascimentos em mulheres.
·
Nos Homens:
1 - Região frontal algo protuberante.
2 – Face alongada
3 - Orelhas grandes e, freqüentemente de abano.
4 - Leve prognatismo (projeção da mandíbula para frente).
5 - Macroorquidismo (aumento do tamanho dos testículos), em 80% dos casos.
6 - Retardo no aparecimento da linguagem.
7 - Severos problemas de atenção.
8 - Instabilidade de conduta, oscilando de amigável a violento.
9 - Pode coexistir um quadro de Autismo Infantil.
10 - Padrão de personalidade retraída, grave e que se evidencia logo na primeira infância
11 - Pode coexistir mutismo, indiferença interpessoal e atos repetitivos sem sentido.
12 - Pobre contato visual (olhar evasivo).
13 - Onicofagia (comer unhas), desde muito cedo.
14 - Hipotonia (flacidez muscular). Este costuma ser o que motiva a primeira consulta.
15 - Retardo intelectual de leve a profundo.
16 - Convulsões em 20% dos casos.
2 – Face alongada
3 - Orelhas grandes e, freqüentemente de abano.
4 - Leve prognatismo (projeção da mandíbula para frente).
5 - Macroorquidismo (aumento do tamanho dos testículos), em 80% dos casos.
6 - Retardo no aparecimento da linguagem.
7 - Severos problemas de atenção.
8 - Instabilidade de conduta, oscilando de amigável a violento.
9 - Pode coexistir um quadro de Autismo Infantil.
10 - Padrão de personalidade retraída, grave e que se evidencia logo na primeira infância
11 - Pode coexistir mutismo, indiferença interpessoal e atos repetitivos sem sentido.
12 - Pobre contato visual (olhar evasivo).
13 - Onicofagia (comer unhas), desde muito cedo.
14 - Hipotonia (flacidez muscular). Este costuma ser o que motiva a primeira consulta.
15 - Retardo intelectual de leve a profundo.
16 - Convulsões em 20% dos casos.
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Nas mulheres
Conforme já tem observado alguns
autores, é freqüente encontrar meninas com a síndrome mas clinicamente normais
ou quase normais, sendo a causa da maior parte das consultas, as dificuldades
de aprendizagem e/ou de conduta. O prognóstico intelectual depende da
porcentagem de células afetadas. Se, por exemplo, apenas 4% das células são
afetadas a criança terá uma intelectualidade normal.
De um modo geral, pode-se dizer que a
maioria das meninas são assintomáticas (dois terços). A importância no diagnóstico da Síndrome
do X Frágil em mulheres, está mais relacionada ao planejamento
genético e transtornos de conduta do que à intelectualidade.
Alguns estudos apontam que 1 entre
259 mulheres de todas as raças é portadora de cromossomo X frágil e, embora
assintomáticas (sem sintomas), essas mulheres podem passar esse gen aos filhos
homens, os quais têm probabilidade muito grande de manifestar a doença. Em Hones,
as estatísticas dos portadores falam em 1 entre 800. Esses números sugerem que,
embora a doença franca e manifesta seja muito mais freqüente em homens, as
mulheres são muito mais acometidas como portadoras (sem a doença manifesta).
Outra ocorrência clínica associada à Síndrome
do X Frágil é a grande incidência de anormalidades
eletroencefalográficas que esses pacientes apresentam. Essa anormalidade
elétrica já havia sido notada há tempos nesses pacientes, entretanto, só
recentemente se reconheceu que a ocorrência simultânea de Síndrome do X
Frágil e de epilepsia era muito maior apenas os portadores masculinos
da doença (Singh), a mulher portadora dessa carga genética têm
incidência de EEG anormal tal como na população geral.
·
Critérios de diagnóstico
- Começo antes dos 30 meses.
- Progressiva ausência de respostas às pessoas.
- Déficit grosseiro no desenvolvimento da linguagem.
- Se existe a linguagem, estão presentes alguns transtornos desta (ecolalia, p.ex.).
- Alguns sintomas semelhantes ao autismo, como por exemplo, respostas bizarras aos estímulos, resistência a mudanças, apego anormal a objetos inanimados...
- Progressiva ausência de respostas às pessoas.
- Déficit grosseiro no desenvolvimento da linguagem.
- Se existe a linguagem, estão presentes alguns transtornos desta (ecolalia, p.ex.).
- Alguns sintomas semelhantes ao autismo, como por exemplo, respostas bizarras aos estímulos, resistência a mudanças, apego anormal a objetos inanimados...
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Alterações da Fala e Linguagem
Muitas crianças portadoras de Síndrome
do X Frágil apresentam alterações da fala e da linguagem. A maioria
delas não consegue elaborar frases curtas antes dos 2 e meio anos de idade.
Normalmente a alteração da linguagem é detectada antes mesmo do diagnóstico da Síndrome
do X Frágil. As alterações comuns da fala incluem a ecolalia (repetição de
fonemas).
·
Características da fala: 1 - Fala rápida
2 - Rítmo desordenado
3 - Dispraxia oral
4 - Volume alto
5 - Habilidade sintática preservada
6 - Dificuldade na relação semântica (temporal, seqüencial conceitual, inferências)
7 - Boa capacidade imitativa de sons
8 - Bom senso de humor
9 - Uso freqüente de frases automáticas
2 - Rítmo desordenado
3 - Dispraxia oral
4 - Volume alto
5 - Habilidade sintática preservada
6 - Dificuldade na relação semântica (temporal, seqüencial conceitual, inferências)
7 - Boa capacidade imitativa de sons
8 - Bom senso de humor
9 - Uso freqüente de frases automáticas
·
Características Cognitivas
Os graus de deficiência das crianças
portadoras da Síndrome do X Frágil são muito variados, alguns
casos podendo, inclusive, ser percebidos como deficientes apenas por seus pais.
Os graus mais leves são compatíveis com boa habilidade verbal e apreensão
rápida dos estímulos ambientais, conseqüentemente a aprendizagem nesses casos é
boa. Normalmente as meninas com essa síndrome, como dissemos, podem ter um
funcionamento mental absolutamente normal.
O aprendizado dos portadores da Síndrome
do X Frágil com retardo mental dá-se, predominantemente por
estimulação visual e a maioria deles têm dificuldades variáveis para a solução
de problemas. O aprendizado está comprometido na maioria deles.
O teste de DNA para o diagnóstico da Síndrome
do X Frágil foi desenvolvido a partir de 1992. Trata-se de um exame de
sangue capaz de detectar a presença da síndrome na criança.
·
Tratamento da Síndrome do X Frágil
Herman Bleiweiss é um dos autores que defendem tratamentos não apenas baseados na
estimulação precoce dos portadores da Síndrome do X Frágil mas,
principalmente baseados na utilização de neurotransmissores.
Bleiweiss diz que para uma abordagem terapêutica eficaz o diagnóstico deve ser
completado, obrigatoriamente, com um estudo dos neurotransmissores. Isso é imprescindível
para saber que tipo de alteração bioquímica se deve corrigir. Dependendo dos
resultados desses estudos, inicia-se um tratamento que se ajustará às
particularidades de cada caso.
Já houve tentativas de tratamento da Síndrome
do X Frágil através de altas doses de ácido fólico, o qual melhorava
sobremaneira o aspecto proteico de tecidos in vitro. Entretanto, as alterações
de reparo cromossômico com ácido fólico eram apenas constatadas em microscópios
óticos mas, a nível molecular essas melhoras não aconteciam.
Muitas dessas crianças (com
convulsões ou eletroencefalograma positivos) são tratadas com
anticonvulsivantes mas, no caso da Síndrome do X Frágil, os
anticonvulsivantes podem agravar o quadro por diminuir ainda mais os níveis de
ácido fólico.
O tratamento das psicopatologias que
eventualmente estão junto com a Síndrome do X Frágil merece uma
avaliação à parte, talvez pelo diferente metabolismo cerebral desses pacientes.
Havendo Esquizofrenia, por exemplo, notadamente do tipo Esquizoafetivo,
o tratamento mais eficiente é aquele que associa neurolépticos, valproato de
sódio e lítio (Al Semaan).
Tanto os adultos quanto as crianças
portadores da Síndrome do X Frágil apresentam freqüentemente
problemas comportamentais. Esses problemas estariam relacionados à falta da
proteína FMR1, proteína esta produzida pelo gen também denominado FMR1 o qual é
seriamente afetado nessa doença. Essa proteína está normalmente presente em
todos os neurônios e na sua falta, podem ocorrer alterações na própria estrutura
cerebral, alterações nos níveis de AMP cíclico e alterações nos
neurotransmissores. Graças à essas últimas alterações é que se pode pleitear o
tratamento da maioria dos sintomas comportamentais desses pacientes.
Por outro lado, não são todos os
portadores da Síndrome do X Frágil que apresentam problemas
comportamentais, mas também não são todos que respondem ao tratamento da mesma
forma.
Evidentemente é importante lembrar
que a medicação não é o único tratamento útil para os portadores dessa
síndrome, sendo desejável que se utilize também a terapia psicomotora e da
fala, bem como os recursos da pedagogia especializada.
Afortunadamente a maioria dos
sintomas comportamentais, como por exemplo, a hiperatividade, impulsividade,
oscilações do humor, alterações da atenção, agressividade, ansiedade e
comportamento obsessivo respondem bem ao tratamento medicamentoso.
·
Comportamento da Pessoa com X Frágil
Pessoas afetadas
pela Síndrome do X Frágil geralmente apresentam comportamento diferente da
maioria das pessoas. São frequentes as seguintes características:
·
Hiperatividade;
·
Impulsividade;
·
Baixa concentração;
·
Ansiedade social;
·
Dificuldade em lidar com estímulos
sensoriais;
·
Imitação;
·
Desagrado quando a rotina é alterada;
·
Comportamentos repetitivos;
·
Irritação e "explosões
emocionais"
·
Traços de autismo como:
·
Agitar as mãos;
·
Evitar contato tátil;
·
Evitar contato visual.
Nas meninas
afetadas estes traços são mais sutis. Nelas a dificuldade de relacionamento
social é marcada por timidez acentuada.
·
Problemas
de Atenção e Hiperatividade
Quase um terço das meninas e quase todos os meninos afetados
pela Síndrome do X Frágil apresentam significativas alterações
da atenção e hiperatividade,
·
Ansiedade
e Comportamento Obsessivo
A ansiedade é também um problema comum nos pacientes com Síndrome do X Frágil,
manifestando-se particularmente quando eles se defrontam com situações novas.
Ataques de Pânico podem ocorrer tanto em pacientes meninos como meninas.
Alguns indivíduos podem apresentar ainda algumas características, como:
- Hipotonia
muscular;
- Comprometimento
do tecido conjuntivo;
- Pés
planos;
- Palato
alto;
- Prolapso
da válvula mitral;
- Prega
palmar única;
- Estrabismo;
- Escoliose;
- Calosidade
nas mãos (decorrente do hábito de morder as mãos);
A característica mais significativa de uma pessoa
afetada por essa síndrome é o atraso no desenvolvimento, mas é importante
lembrar que os graus de deficiência das crianças portadoras da Síndrome
X Frágil são muito variados. Os indivíduos portadores dessa síndrome
podem apresentar algumas características cognitivas, como:
- Excelente
memória;
- Bom
vocabulário;
- Habilidade
para leitura;
- Facilidade
na identificação de sinais gráficos e logotipos;
- Uso
de jargões e frases de efeito;
- Seguem
instruções ao “pé da letra”;
- Fala
repetitiva;
- Podem
dar importância a aspectos irrelevantes;
- Ecolalia
(repetição de fonemas).
O diagnóstico dessa síndrome é feito através de
exame citogenético (cariótipo). É importante lembrar que se for diagnosticada a Síndrome
X Frágil, os outros membros da família também deverão se submeter ao
exame.
A dificuldade em lidar com estímulos excessivos pode levar a
comportamentos inadequados como agitar as mãos, fala repetitiva e irritação,
mesmo em situações em que suas habilidades cognitivas são suficientes para um
bom desempenho.
Pessoas afetadas pela Síndrome do X Frágil tendem a imitar, portanto é
imprescindível que se dê um modelo adequado. Eles sentem-se bem quando a rotina
é seguida, aproveite e estabeleça uma rotina que lhes traga benefícios. É certo
que não podem ser exigidos além de seu potencial, mas temos verificado que este
potencial em geral é maior do que imaginávamos.
O tratamento da Síndrome X Frágil consiste em terapias
especiais e estratégias de ensino que ajudam as pessoas afetadas por essa
síndrome a aumentarem o seu desempenho. Uma equipe multidisciplinar tanto da
saúde como da educação, devem fazer o acompanhamento do indivíduo acometido por
essa síndrome.
O Autismo interliga-se e confunde-se muitas
vezes com a Síndrome de X Frágil.
Referencias
http://www.xfragil.org.br/
DE QUE FORMA A MUSICOTERAPIA PODE CONTRIBUIR
A Musicoterapia utiliza a música em
todas as suas formas, com participação ativa ou passiva do paciente.
Os objetivos terapêuticos fundamentais
com a síndrome do x-frágil são:
·
Promover estimulação física e
intelectual,
·
Orientação comportamental,
·
Promover a comunicação,
·
Bem estar emocional,
·
Desenvolvimento pessoal,
·
Interação,
·
Autonomia,
·
Romper padrões de isolamento,
·
Satisfação emocional
·
Valores pessoais.
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